A plateia gritava “toca Raul”.
Até aí, nada de diferente de tantos outros shows de rock nacional. Mas, dessa
vez, não era bem uma sacanagem do público.
Os
privilegiados daquela noite ouviram duas setlists. Na primeira, dez canções de
Raulzito; na segunda, os onze maiores sucessos da própria Camisa de Vênus.
Confira abaixo as coletâneas escolhidas:
1ª Setlist – Raul Seixas
01.
Rock ‘n’ Roll
02. Cowboy fora da lei
03. Al Capone
04. Rock das aranhas
05. Não fosse o Cabral
06. Carpinteiro do universo
07. Metamorfose ambulante
08. Aluga-se
09. Muita estrela, pouca constelação
10. Pastor João e a igreja invisível
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2ª Setlist
– Camisa de Vênus
01. Hoje
02. Deus me dê grana
03. Dançando na Lua
04. A raça mansa
05. Eu vi o futuro
06. Só o fim
07. My Way
08. Bete morreu
09. Gotham City
10. Eu não matei Joana d’Arc
11. Simca Chambord
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A
primeira metade do show durou cerca de uma hora e meia e intercalava as canções
do homenageado com lembranças contadas por Marcelo Nova. Soubemos assim que a
primeira impressão do jovem Marcelo diante das letras de Raul foi de espanto
(ele fala abertamente de sexo!), ouvimos que Raul não ligava para a recepção
crítica de suas músicas, escutamos que era um “maluco genial” que tomava vodca
às seis da manhã e questionava a sanidade daqueles que o chamavam de louco...
O
clima nostálgico e familiar ficava mais forte à medida em que Marcelo comentava
sobre os 37 anos ao lado do Robério Santana, ou deixava transparecer o orgulho
por ter como seu guitarrista o próprio filho, Drake Nova. Também estavam no
palco Célio Glouster e Leandro Dalle (carinhosamente chamado de “Celinho
Cadillac” e “Celinho Carioca” por Marcelo). Teve até bolinho de aniversário e um
“Parabéns a você” na guitarra, comemorando o aniversário dos dois Novas no
palco.
Após
um intervalo rápido de cinco minutos, chegou a hora da seleção de músicas do
Camisa. A diferença na plateia foi nítida: antes, estavam todos sentados e
“comportadinhos”, salvo um ou outro que se empolgava e dançava em pé, como a
filha de Marcelo, Penélope Nova. Já na segunda parte do show, as poltronas do
Teatro Bradesco viraram acessórios de decoração. A multidão grudou no palco e
gritou por mais uma hora e meia, finalizando com os sucessos Eu não matei Joana D’Arc e Simca Chambord.
E
já que foi um show no estilo “memórias de família”, a própria Penélope Nova
deixou um beijo para o pessoal do Big Rock and Roll! Valeu, família Nova!
Valeu, Camisa de Vênus!
Por: Carlos Daniel Vieira
Fotos: Carlos Daniel Vieira
Agradecimento: Costábile Salzano Jr.
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