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Foto: João Gaspar |
Véspera,
na etnologia da palavra, pressupõe expectativas e esperas, uma ponte entre o
futuro e o passado. Mas longe de meros conceitos, estas noções estão presentes
nas músicas do duo de noise rock Crappy Jazz, de Londrina, que lança o primeiro
álbum Véspera nas principais plataformas de streaming, com distribuição digital
da Tratore.
Ouça
aqui: https://tinyurl.com/y84yo2ue (YouTube) e https://tinyurl.com/yaceadae
(Spotify).
O
noise rock de Véspera é repleto de groove e ritmos percussivos. Outra característica
marcante na proposta do Crappy Jazz é cantar em português, e desta forma, as
músicas soam bastante orgânicas, com uma crueza ímpar. Os singles ‘Subitamente’
e ‘Djenga’, presentes no disco de estreia, são temas que evidenciam peso entre
riffs marcantes e andamentos ora cadenciados, ora agressivos. Nação Zumbi,
Sepultura e System of a Down são referências que situam por onde caminha –
musicalmente – o duo londrinense.
Yuri
Muller (bateria, vocal, percussão e piano) e Silva Leonel (baixo, backing
vocal, percussão e ruídos), os mentores do Crappy Jazz, compuseram as 11 faixas
de Véspera em distintos momentos desde que a banda foi formada, em 2015. Para
eles, o trabalho gradativo na produção do disco de estreia acompanha a evolução
musical e pessoal de cada um.
“Evoluímos,
com o tempo, na forma de compor e arranjar tudo. Há desde faixas mais diretas,
como ‘Não me vê’, uma das primeiras faixas que fizemos e lançamos, até canções
como 'Abismo', uma das últimas composições do álbum com essa introdução meio climática”,
explica Silva.
A
escolha do renomado artista gráfico norte-americano Jesse Draxler para a capa
de Véspera, sintetiza esteticamente o que o Crappy Jazz faz na música. Draxler,
quem tem artes para o rapper hype Kendrick Lammar e com a banda Deafheaven,
criou uma expressão como se fosse o resultado de todas as músicas do disco
tocadas ao mesmo tempo na mente de uma pessoa, onde ela consegue visualizar
algo cada vez que “olha” (escuta) esses pensamentos (letras) tendo, assim, suas
interpretações. “Um conflito entre o ouvinte e o som”, resume Yuri.
O
álbum, produzido por Yuri Muller, foi gravado e mixado no Pai Muller Studio, em
Cambé (Paraná) entre 2017 e 2018. Já a masterização ficou por conta de Chris
Hanzsek, no Hanzsek Audio (EUA), o responsável por trabalhos com Melvins,
Soundgarden e Far From Alaska.
CRAPPY
JAZZ NA INTERNET:
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Foto: Divulgação |
Agradecimento: Erick Tedesco - Tedesco Comunicação e Midia
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