De Papo com: Into the Dust

Foto: Divulgação

Nome recorrente da cena de Brasília com mais de vinte anos de carreira, a Into the Dust nasceu em 1996 na cidade do Gama, das cinzas da banda Death/Thrash Grothesc (1992- 1997).

O ITD, como é conhecido, surgiu do interesse de Santos (baixo) e Nossat (vocal/guitarra) em criar músicas calcadas em elementos dos grandes mestres do som obscuro como Black Sabbath, Saint Vitus e Candlemass. A formação ainda conta com Humberto (bateria) e Glauber (guitarra).

Erick Tedesco (Abraxas Produtora / Tedesco Comunicação e Midia) entrevistou o baixista do ITD, Sandro Santos.

Confira:

Erick: O que é, para o ITD, tocar doom? O que o estilo carrega e transmite?

Sandro Santos: "Acho que é uma catarse que só acontece quando há uma sinergia muito atípica entre os integrantes rsrsrs. Entre nós existe muita crítica quanto a forma e conteúdo do que produzimos e, sobre tudo, que temas usar nas composições! O Doom é movido a Angustia!"

Erick: O ITD caminha junto à Abraxas praticamente desde o começo do selo e tocarão neste tão especial festival de 5 anos da produtora e selo. Como vê a relação da Abraxas com o ITD, e como enxerga a Abraxas no trabalho de fomento da música independente?

Sandro Santos: "O Into The Dust é a misantropia encarnada! Rsrsrs.

Sem a Abraxas, nosso trabalho não teria 1/3 do alcance que foi conseguido, o Toscano entende a natureza da banda e respeita o nosso tempo!

O trabalho que a Abraxas está fazendo a nível nacional é incrível! Em um país continental como o nosso, conseguem levar bandas do RJ até o norte do país, promove bandas incríveis que, sem a Abraxas, dificilmente conseguiriam tocar fora de seus estados!"

Erick: O ITD vem a São Paulo no Abraxas Fest divulgar o EP lançado este ano. É um registro forte, com uma carga enorme de peso e mensagens impactantes. Cinco meses após o lançamento (pelo selo da Abraxas), qual o lugar que você o coloca no hall do doom metal nacional?

Sandro Santos: "Sinceramente, eu não sei! Rsrsrs.

Penso que, quem se propõe a fazer esse tipo de som, não pensa muito nisso! Espero que as pessoas continuem descobrindo nosso trabalho, a nossa proposta é simples, um Doom direto e com letras em português!"

Erick: O Eyehategod é uma grande influência para o Into the Dust e poder abrir para esta lenda do heavy metal certamente terá um gosto especial para vocês. O que muda quando o trabalho é junto àquela banda que é diretamente responsável pelo som que fazem?

Sandro Santos: "Porra, a ficha ainda não caiu pra gente!!! rsrsrs. Para você ter uma ideia ainda nos lembramos quando o Glauber (guitarra do ITD) arrumou o CD "In The Name of Suffering", não sabemos até hoje de onde tirou, era só o CD, sem encarte! Acho que ficamos escutando durante todo aquele ano, sem parar, foi em 93'! Com certeza o EHG é uma influência gigante para nós!"