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17 de dezembro de 2018

ANGRA FEST - TROPICAL BUTANTÃ – SÃO PAULO/SP (01/12/2018)


Foto: Bullino.Inc


Um evento organizado pela Produtora Top Link que realmente merece todo o apoio e elogio possível, em um País com uma crise financeira sem precedente na história com poucos lugares dando espaço a música autoral,  a produtora através de seu Cast com excelentes nomes no Rock Nacional, faz um Festival com o nome de uma das suas bandas e que ajudou na idealização do mesmo, e chegando a mais uma edição do Festival o mesmo vai se firmando como um dos grandes eventos que esperamos que aconteça com uma periodicidade pelo menos anual, e a versão de dezembro nós contamos como foi a partir de agora.

A casa fica próximo a uma estação de Metrô e com horário interessante, o acesso era fácil para pelo menos a grande maioria que frequenta evento em São Paulo e já conhece bem a casa, até pela grande quantidade de shows que já aconteceu por ali e desde o inicio um bom número de fãs já foi chegando para ver todas as bandas do Festival.


Nervosa

A nova sensação do Metal Brasileiro e já uma realidade na gringa, participando de vários festivais pelo mundo afora, e com muito sucesso, a banda já subiu ao palco praticamente com o público ganho, pois acreditamos pela retorno que as meninas tiveram pouca gente não conhecia a pancadaria feita pela banda.

Foto: Bullino.Inc

“Horrordome”, “… And Justice for Whom?” e “Death!” foram as três primeiras e já no começo o poderio sonora delas mostra o sucesso dessas meninas que temos muito orgulho e felicidade e termos visto o inicio da carreira e como batalharam para estar onde estão hoje.

Prika segura muito na guitarra e faz a potência de Riffs, no som do Nervosa, Fernanda Lira é um fenômeno a parte, que postura no palco, embora claramente ela se inspire no Schirmer do Destruction ou o Mile do Kreator ainda tem seu lado pessoal , com as caretas ou o contorcionismo que a gente vê no palco, afinal como agita muito ganha atenção e todos olhares para si no palco.

Foto: Bullino.Inc

O set interessante por conter músicas dos três excelentes CD’s da banda mas a parte mais sensacional ficou para o final, quando a banda deixou bem explicito que é completamente contra a qualquer tipo de Intolerância antes de tocarem a faixa “Intolerance means War” e claro que a última da noite foi “Into moshpit”.

Um puta show, mostrando que a banda realmente merece o ápice e vendo essas batalhadoras brasileiras seguindo no caminho do sucesso, esperamos e desejamos ver essas meninas com o maior sucesso possível.

Foto: Bullino.Inc

Setlist:

Horrordome
… And Justice for Whom?
Death!
Enslave
Hostages
Masked Betrayer
Never Forget, Never Repeat
Raise Your Fist!
Kill the Silence
Intolerance Means War
Into Moshpit


Project46

Se o Nervosa é um excelente expoente lá fora aqui uma banda que realmente somos ã e esperamos que tenham uma grande carreira de sucesso, pois o que essa banda evoluiu com o passar dos anos é uma coisa absurda, outro detalhe é que já cobrimos vários shows deles, e nenhum, nem forçando muito avaliamos como médio, todos foram excepcionais e esse não foi diferente fazendo o melhor show do Festival.

Foto: Bullino.Inc

A banda começa a mil por hora com “Terra de Ninguém” e ai , não sobra pedra sobre pedra, Caio no palco se movimentando de um lado para o outro, e agora com o cabelo mais cumprido e não curto como nos acostumamos a vê-lo no palco, continua perfeito, a dupla de guitarras, Vini e Jean,  precisa como sempre, e se encaixam como poucos fazendo a sonoridade única que a banda tem, sem contar Baffo e Betto que seguram a ponta ditando o ritmo avassalador.

Foto: Bullino.Inc


A faixa “Se Quiser” que tornou a banda conhecida no Brasil quando um jogador no programa Globo Esporte pediu a faixa deles, e a emissora colocou um som Gospel, não foi esquecida e continua no setlist da banda até hoje. Falando em álbuns, o Tr3s, mostrou o quanto a banda está pronta para uma carreira lá fora, e com um show desses, a banda faria muito sucesso nos vários festivais europeus.

Foto: Bullino.Inc

Faixa a faixa as rodas iam se abrindo, “Violência Gratuita”, “Pânico”  ou a nova “Rédeas” e é interessante ver as pessoas cantando todas as letras de uma banda que tem o vocal gutural, e principalmente quando você também está cantando. Já o final foi com as clássicas mas sempre surpreendentes “Erro 55 “, “Foda-se”, e continuam tendo aquela enorme participação da galera no refrão cantando o nome da música e o final sempre insano com “Acorda pra vida”, com a banda deixando o palco saudando o público e todo a casa cantando o Riff da música, sempre acho isso foda demais, embora já tenha visto umas dez vezes ao vivo e sempre me espanto com a reação.

Foto: Bullino.Inc
Setlist:

Terra de Ninguém
Tr3s
Se Quiser
Violência Gratuita
Pode Pá
Pânico
Rédeas
Erro +55
Foda-se (Se Depender de Nós)
Acorda pra Vida


Dr. Sin

A volta triunfal.

Foto: Bullino.Inc

Desde que a banda tinha anunciado o fim, anos atrás, muito como eu, jamais tinha “aceitado” e nós inclusive nos recusamos em ir no Carioca Club naquele show de despedida, e particularmente sempre esperamos que a banda um dia retornasse e isso claro aconteceu e nesse Angra Fest foi seu retorno oficial.

Foto: Bullino.Inc

Como todos sabem Edu Ardanuy não participou do retorno, e o novo guitarrista Thiago Melo foi o responsável em assumir as seis cordas, e foi sensacional, a banda iniciou com “Scream and Shout” , e o público não poderia ter recebido da menor maneira possível, a nova “lost in Space” veio depois e mesmo a última música foi cantada pela platéia o que claramente surpreendeu a banda.

Foto: Bullino.Inc


Aos gritos de “Dr. Sin… Dr. Sin”, Ivan mencionou de como era bom escutar aquilo novamente, Andria não perde tempo e anuncia que a banda está em fogo, apresentando a poderosa “Fire”, e era nítido ver que aquilo que fez a banda ser um exemplo no Metal Nacional continua o mesmo.

Foto: Bullino.Inc

Ver faixas como “Sometimes”, “Dirty Woman” ao vivo, era algo imaginável,  e a resposta, que a banda poderia receber, de que uma nova história pode ser inscrita, e agora esperar novas composições e que Andria, Ivan e Thiago continuem no mesmo ritmo. O final com três clássicos absolutos, “miracles”, “Fly away” e a última só poderia ser “Emotional Catastrophe”.

Foto: Bullino.Inc

Vale destacar também que foi muito bom e gratificante a banda homenagear também Edu Ardanuy que participaria do próximo show e estava assistindo a banda. Grande atitude uma banda Grande. Era realmente o que esperava deles.

Foto: Bullino.Inc

Setlist:

Scream and Shout
Lost in Space
Time After Time
Fire
Sometimes
Dirty Woman
Miracles
Fly Away
Emotional Catastrophe


Malta

Foto: Bullino.Inc

Antes de mais nada, nosso site tem um carinho muito grande pela banda, pelo tratamento profissionalismo que a banda fez quando falou conosco no Papo Heavy Metal (Assistam nesse link, caso tenham interesse), onde a banda já falava da levada mais pesada que a banda na época estava trilhando nas composições e ficou provado mais um vez a banda fez bonito junto com outras bandas mais pesadas no dia.

Foto: Bullino.Inc

Começaram com “Igual a ninguém”, e para quem não conhece, a música é bem pesada e assim quem não conhecia essa faceta da banda, que esteve presente no álbum Indestrutível já perceberam que a pegada da banda não fica só nas baladas que talvez a maioria conhecesse, a parte mais engraçada do show foi após a primeira música, que alguns da platéia começaram a gritar “Diz pra mim, Diz pra mim, Diz pra mim” e o guitarrista Thor Moraes numa sacada muito boa, tocou o primeiro Riff da música rindo e apontando a quem gritou e já ganhou os risos e aplausos, isso é Rock, atitude e diversão sempre.

Foto: Bullino.Inc

Luana Camarah a vocalista da banda, tem uma presença de palco fenomenal, e foi mandando faixa a faixa, e todos, críticos e curiosos, olhando a banda que queriam criticar mas pela qualidade do show, não o faziam, e a banda foi ganhando espaço e admiração de todos presentes. A banda mandou vários sons que estarão no novo álbum e tem uma pegada muito forte, muito mais pesada que muita banda Pop, e como sempre vimos a pegada hard rock nas baladas, ou algumas faixas, sabíamos da qualidade, e tem um peso bem grande as novas faixas, porém os refrões grudentos que achava uma grande qualidade da banda nesse novo formato não estavam presentes.

Foto: Bullino.Inc

A potente ” Nova História” que Riffs bem pesados, que relembra a primeira fase da banda e sempre presente nos shows do malta veio com o mesmo impacto de sempre, para termos na sequencia os dois primeiros singles do vindouro MaltaIV a ser lançado no ano que vem, e veio a fantástica “Pátria Amada” , mostrando bem a revolta que temos com aqueles otários que governam nosso país.

Foto: Bullino.Inc

Agora viria os momentos insuperáveis do show da banda Malta, convidando Edu Ardanuy para tocar na faixa “Manipoulação” que na versão do disco tem o ex guitarrista do Guns’n’Roses Ron Bumblefoot , e depois inesperadamente veio Bohemian Rhapsody, sim aquela faixa mesmo do Queen, já que a banda no lançamento do filme do Queen no Brasil (Que por sinal é o nome da música) fez um show tocando os clássicos da banda no Allianz Parque, em uma versão que teve a participação massiva da platéia e foi o momento mais memorável da noite.

Foto: Bullino.Inc

O final a banda quis fazer o que sempre faz em todos os shows, pedindo a todos que se abaixasse, e Thor lembrou como o Slipknot faz em Spit out porém não obteve sucesso e mesmo assim a banda seguiu terminando com o hit Hard Rock Supernova fechando a apresentação. A banda foi extremamente aplaudida e Thor veio ao microfone agradecendo o respeito pela banda, que era a mais Pop da noite, saindo aplaudidíssimo.

Foto: Bullino.Inc

Luana, Thor, Diego e Daga continuam fazendo grandes shows, e este só foi mais um, e a banda está tendo a iniciativa de se mostrar ao mercado um som mais pesado, e como disseram que sempre queria ter essa interação com outras bandas esperamos que o sucesso continuem e as baladas de bandas como o Malta tragam mais pessoas a ouvir o bom e velho Rock’n’Roll.

Foto: Bullino.Inc

Setlist:

Igual a ninguém
Amor e Ódio
Bater de Frente
Ela Sempre Sabe
Nova História
Pátria Amada
Manipulação
Bohemian Rhapsody
Supernova


Angra

Foto: Bullino.Inc

Os donos do Fest, celebrando seu show de número 101 da Tour do disco Omni, que se encerraria no dia seguinte com o último show em Salvador a banda sobe no palco, com um público já cansado, porém ansioso para outra apresentação da banda na cidade, e já começam com “Newborn Me” e “Travelers of Time” e a partida ganha nos primeiros minutos da apresentação.

Foto: Bullino.Inc

A banda ao vivo, e desde o começo da banda é muito mais pesada ao vivo que nos CDs e mesmo os discos ao vivo achamos essa característica, e como em todos shows a banda ao vivo realmente se solidifica como uma das grandes bandas de Metal no Brasil.

“Nothing to Say” com Fabio Lione, ganhou muita força ao vivo, e continua sendo uma das preferidas dos fãs do Angra, e as faixas das fases antigas é sempre bem recebida com o público como em “Acid Rain” ou “Rebirth”. E como essa formação do Angra é coesa ao vivo e qui destaco o baixista Felipe, que vem se focando em tocar bem e tem uma presença de palco fenomenal, sempre se destacando nos shows, e isso certamente é mérito de toda a banda.

Foto: Bullino.Inc

Do mesmo  jeito que Sandy participou da gravação de DVD, a música “Black Widow’s Web” teve a participação da vocalista do Torture Squad, Mayara Puertas, cantando e destacamos alguns trechos onde catou limpo destacando a voz da vocalista que conhecemos apenas como vocalista do Metal Extremo.

“The Bottom of My Soul” com Rafael nos vocais, fica muito bem ao vivo, e assim o Angra foi desfilando todos seus clássicos tocando um atrás do outro destacando claro o último álbum Omni. Finalizando a primeira parte do show, com “Morning Star” e “Magic Mirror”.

Foto: Bullino.Inc

O bis foi espetacular começando com a já citada “Rebirth”, depois o medley de “Nova Era/Carry On” e chegava a hora das já esperadas jams e a primeira convidando o Jean do Project46 e Fernanda do Nervosa, para executarem nada menos que “Walk” do Pantera, sensacional, fudido, e o gran finale veio do Adriano Daga na Bateria, Edu Ardanuy na guitarra e Luana do Malta dos vocais numa versão daquelas que chamamos “arrasa quarteirão” para nada menos que Highway to Hell do único  e inigualável AC/DC terminando o Fest de maneira perfeita.

Um Festival que tem que continuar mostrando e criando mais uniões entre as bandas e que cada vez bandas participem e mesmo de estilos mais extremos ou mais voltados ao Hard Rock possam ter o respeito e admiração como foi nesse Angra Fest e desejamos sempre o sucesso e claro apoiaremos quantas edições a banda esteja disposta a colocar seu nome, e essa é a atitude que esperamos de bandas como o Angra, portanto e sempre.. PARABÉNS ANGRA…

Foto: Bullino.Inc

Setlist:

Newborn Me
Travelers of Time
Waiting Silence
Nothing to Say
Insania
Acid Rain
Caveman
Black Widow’s Web
Upper Levels
Spread Your Fire
ØMNI – Silence Inside
The Bottom of My Soul
Morning Star
Magic Mirror
Rebirth
Carry On / Nova Era
Walk
Highway to Hell
ØMNI – Infinite Nothing

Foto: Bullino.Inc


N. da R.: Nem tudo foi flores, no Festival, com exceção do Dr. Sin que teve o som perfeito, e um pouco o Angra todas as bandas pareciam que o som estavam mais alto que o pretendido e o som não ficava legal principalmente no fundo da casa, e o atraso que teve em relação aos horários previstos e quando se escolhe começar mais cedo para que todos vão e voltem de transporte público isso não aconteceu já que a última banda entrou com quase 50 minutos de atraso. E nem por isso desmerecemos o Festival, isso é algo que queremos sim que melhore ao próximo Fest e consideramos esse um dos shows mais importantes do ano.


Por: Marcos Cesar - A Ilha do Metal

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