Big Rock N' Roll - Pensou em rock, pensou Big Rock!: Bruce Dickinson - Vibra São Paulo

Foto: Patricia Patah (PatiPatah)

Bruce Dickinson - Vibra São Paulo - São Paulo/SP - 04 de maio de 2024

Por Leo Wacken

Fotos gentilmente cedidas por Patricia Patah (PatiPatah)

Finalmente após 25 anos, a lenda viva do heavy metal mundial, Bruce Dickinson, retornou a São Paulo com a turnê “The Mandrake Project”.

A abertura do show ficou por conta do Noturnall, banda que segue firme no cenário do heavy metal nacional, alcançando um alto nível de mestria com músicas de sua carreira, fazendo com que os presentes agitassem e cantassem bastante, não deixando nada a desejar.

O público já estava empolgado antes mesmo do show começar e cantavam “Olê, olê, olê, olê Bruce Bruce” em uma só voz.

Exatamente as 22h10 a lenda Bruce Dickinson subiu ao palco da Vibra São Paulo totalmente ovacionado tocando já de cara e maravilhosa “Accident of Bird”, logo em seguida “Abduction” e “Laughing in the Hiding Bush” deixando todos enlouquecidos. Bruce anunciou a próxima música e disse o que acontecerá depois do fim do mundo com “Afterglow of Ragnarock” em uma performance incrível, performance essa também composta pela banda com dois guitarristas, Philip Naslund e Chris Declerc, o baterista Dave Moreno, da baixista Tanya O’Callaghan e do maestro de teclado Mistheria. Mal dava pra se recuperar e sem pausa nenhuma já mandaram a matadora “Chemical Wedding”. Uma pausa para anunciar a próxima música, Bruce empolgado e sempre simpático conosco disse que nos adora e mandou “Many Doors to Hell”. Que energia incrível ele tem no palco, é impressionante como corre de um lado para outro como se fosse um adolescente, sempre chamando o público para cantar, cantar e cantar em alto em bom som, como na canção “Frankenstein” que todos cantavam e batiam palmas.

Foto: Patricia Patah (PatiPatah)

Os músicos são tão competentes que teve um momento especial, sim um solo de bateria e todos os outros instrumentos, até o próprio Bruce destruiu tocando Teremim - um dos primeiros instrumentos musicais completamente eletrônicos, controlado sem qualquer contato físico - e na sequência apresentou “The Alchemist” fazendo com que ninguém ao menos tomasse fôlego.

E eis que surge um dos momentos mais aguardados da noite “Tears of The Dragon” deixou fãs novos e antigos arrepiados de tanta emoção, principalmente pela introdução tocada no violão. Sem tempo para recuperar, executam a magnífica “Darkside of Aquarius” - confesso que tentei me acomodar melhor para ver esta parte, mas todos pulavam e cantavam, então tive que me juntar a energia contagiante.

A banda saiu do palco, as luzes se apagaram e todos clamavam pela volta de Bruce, que claro, retornou para o “Bis” com a emocionante “Navigator the Seans of the Sun", que foi dedicada para o município de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, devido a grande tragédia ocasionada pela enchentes fazendo muitas vítimas. Bruce tem muitos amigos por lá e desejou que todos se recuperassem o mais breve possível.

E para fechar a noite, mandaram as destruidoras “Book of Thel” e “ The Tower” deixando todos satisfeitos e com gosto de quero mais. Teremos a oportunidade de rever Bruce Dickinson este ano, em dezembro, com o Iron Maiden, e ele ainda afirmou que continuará com seu projeto solo e em 2025 voltara para o Brasil.