Big Rock N' Roll - Pensou em rock, pensou Big Rock!: Bangers Open Air 2025 - Dia 3 - Memorial da América Latina

Foto: Diego Padilha

Bangers Open Air 2025 - Dia 3 - Memorial da América Latina - São Paulo/SP - 04 de maio de 2025

Por: Leo Wacken

Fotos: Diego Padilha (@diegopadilha) / Thiago Henrique (@thiagohenriquefotografia) / Rapha Garcia (@raphagarcia) / Rogério Von Kruger (rogeriovonkruger) / Arthur Waismann (@arthurwaismann) / Wel Penilha (@welpenilha)

Terceiro e último dia de festival:

Mais um dia acordando bem cedo, tomando banho, vestindo minha armadura metal, tomando um café reforçado e seguindo para o último dia do festival.

Dessa vez cheguei ainda mais cedo, por volta das 11h, e aproveitei para passear pelos locais que ainda não havia explorado, além de fazer compras de CDs, vinis, camisetas, acessórios e tomar cerveja com os amigos antes de ver as bandas.

O Beyond the Black entrou no Ice Stage sendo ovacionado, uma das bandas de gothic metal alemãs mais aguardadas pelo público. Foi, sem dúvida, um dos destaques do festival, já que nunca haviam se apresentado no Brasil. A banda entregou um show incrível, com uma performance impecável e um repertório repleto de sucessos como “In the Shadows”, “Hallelujah”, “When Angels Fall”, “Lost in Forever” e “Shine and Shade”.

Foto: Rogério Von Kruger

O Paradise Lost, pioneiro do death/doom e gothic metal, entregou sucessos de mais de três décadas de carreira. O show teve aquela atmosfera sombria característica da banda, muito bem recebida pelos fãs, com clássicos como “Gothic”, “Icon” e “One Second”. Foi uma celebração do legado da banda.

Foto: Rapha Garcia

Kerry King foi um dos mais aguardados do festival, trazendo sua carreira solo após o Slayer. Com o álbum 'From Hell I Rise', ele mandou sons novos e clássicos do Slayer como “Disciple”, “Raining Blood” e “Black Magic”, além de um cover matador do Iron Maiden, “Killers”. A cada clássico, abriam-se diversas rodas de mosh pit — a galera estava insana, como em todo show do Slayer.

Foto: Diego Padilha

Blind Guardian talvez tenha sido a banda mais aguardada do line-up. Eles subiram ao palco por volta das 17h30 celebrando mais de 40 anos de carreira, levando o público a uma verdadeira viagem no tempo com clássicos como “Imaginations from the Other Side”, “Mordred’s Song” e “Into the Storm”. Destaque para o guitarrista André Olbrich, que havia completado 58 anos no dia anterior, comemorado com um “Parabéns pra você” puxado pelo vocalista Hansi Kürsch e cantado por todo o público. Foi um show poderoso, repleto de hinos como “Bright Eyes”, “Time Stands Still (At the Iron Hill)”, “And the Story Ends”, “The Bard's Song”, “Mirror Mirror” e “Valhalla”. Pena que “Majesty” ficou de fora, mesmo com o público clamando por ela.

Foto: Rapha Garcia

Foto: Rogério Von Kruger

Foto: Rapha Garcia

O W.A.S.P. lotou a pista do Bangers Open Air, com fãs novos e antigos celebrando os 40 anos de lançamento do primeiro álbum da banda. O setlist foi recheado de clássicos como “I Wanna Be Somebody”, “L.O.V.E. Machine”, “Sleeping (In the Fire)”, “Tormentor”, “Wild Child” e a belíssima “Blind in Texas”. Um momento especial foi quando a banda deixou o palco para que o baterista brasileiro Aquiles Priester falasse com o público, em vez de fazer um solo: agradeceu emocionado a todos e incentivou os fãs a nunca desistirem de seus sonhos.

Foto: Rogério Von Kruger

Foto: Thiago Henrique

Por fim, o Avantasia realizou uma apresentação memorável com um palco decorado com portões, muros e pilastras antigas, como ruínas medievais. A banda foi ovacionada pelo público brasileiro, com Tobias Sammet sempre bem-humorado, dizendo que ama estar no Brasil. Trouxeram o lançamento 'Here be Dragons', incluindo faixas novas que chegaram ao topo das paradas na Alemanha e Áustria. Mesmo com problemas técnicos no microfone, Tobias não se abalou. O show foi uma bela reunião de sucessos como “Creepshow”, “Reach Out for the Light”, “Dying for an Angel”, “Farewell”, “The Scarecrow”, “Lost in Space” e o épico encerramento com “Sign of the Cross / The Seven Angels”.