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Foto: Divulgação |
“Próxima parada. Última estação.”
A frase, repetida como um mantra na canção que abre a turnê "Nenhuma Estrela", é também um retrato fiel do que é viver e do que é ouvir o Terno Rei. A banda não aponta caminhos fáceis, mas oferece abrigo para quem anda sem saber se está indo ou voltando. Para quem ainda está tentando entender se há uma próxima parada, ou se tudo termina aqui.
Conversando com a Billboard, o vocalista Ale Sater contou que essa metáfora nasceu de um lugar incerto, mas profundamente honesto: alguém saindo de um momento ruim, sem ter ideia do que vem pela frente. E talvez seja justamente aí que o Terno Rei mora: entre a dor e o alívio, entre o que já não é e o que ainda não chegou.
Ale se define como introspectivo. Alguém que prefere o silêncio de casa, que tende a ver o lado negativo das coisas, mas que transforma tudo isso em canção. “Pra viver de amor, vou morrer de amor”, ele escreveu e ficou com essa frase na cabeça por dias. Não é à toa. Terno Rei não escreve músicas. Eles escrevem sensações que a gente ainda não tinha conseguido nomear.
Na turnê “Nenhuma Estrela”, essas sensações ganham forma num repertório que vai de faixas novas como “Relógio” e “Estava Ali” até canções que já viraram companheiras de estrada como “Dias da Juventude” e “Solidão de Volta”. No meio disso, eles ainda encontram espaço para homenagear Djavan com “Lilás” — música que, como eles, carrega luz mesmo quando fala da busca por ela.
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Foto: Divulgação |
Neste sábado, dia 28 de junho, o Tokio Marine Hall será palco dessa travessia delicada e sincera que é um show do Terno Rei. Vai ser noite de arrepio, de olhos fechados, de memórias que voltam sem serem convidadas. Uma noite pra quem sente demais e encontra alívio em cada acorde.
Porque mesmo quando não há nenhuma estrela no céu, a música do Terno Rei continua sendo o nosso norte.
Por: Mayara Abreu
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