Translate

3 de maio de 2023

MONSTERS OF ROCK: FESTIVAL TRAZ LENDAS DO ROCK E DESPEDIDA HISTÓRICA DO KISS, EM SÃO PAULO

Foto: Leo Wacken



Por Tiago Zonatto


Buenas, buenas, Nação Rock’n Roll!!!


No dia 22 de abril, aconteceu a 7ª edição do Monsters Of Rock no Allianz Park em São Paulo. 

O evento, que reúne grandes nomes do Rock mundial, se consolidou como um dos principais festivais do gênero desde o início da década de 90 com edições históricas. E desta vez  não foi diferente.

O primeiro show aconteceu logo pela manhã com o super carisma da Metal Queen alemã Doro Pesch, e os grandes sucessos de sua carreira, como Burning the Witches, Hellbound, Revenge, Fight for Rock e All We Are, acordou o público que ainda chegava. A cantora finalizou a apresentação interagindo com a plateia segurando uma bandeira do Brasil.

Foto: Leo Wacken

Logo em seguida a banda Symphony X subiu ao palco e trouxe aos fãs um repertório focado no trabalho de estúdio mais recente da banda, o Underworld (2015), que casaram bem com as já consagradas Serpent’s Kiss e Set the World on Fire (The Lie of Lies).

Foto: Leo Wacken


Os suecos da Candlemass tiveram a dura missão de substituir os ingleses da Saxon que cancelaram a tour pela América Latina após o afastamento do guitarrista Paul Quinn, e não deixaram nada a desejar. Com um visual mais “classic rock”, os pioneiros do Doom Metal chamaram a atenção do público para uma linha mais sombria presente nas canções como Crystal Ball, The Well of Souls e A Sorcere’s Pledge.

Foto: Leo Wacken


O sol ainda clareava, mas com menos intensidade, quando os alemães do Helloween subiram ao palco com o melhor do Power Metal em alta performance. Presença de palco e interação com o público foram os ingredientes usados pela banda que desfruta dos três vocalistas históricos, Michael Kiske, Andi Deris e Kai Hansen, personagens que dispensam comentários. Os hits, Dr. Stein, Power, Future World e I Want Out agitaram a plateia que se divertiu com abóboras voadoras. Sensacional!

Foto: Leo Wacken

Já era fim de tarde quando as lendas do Deep Purple subiram ao palco para um show histórico. Highway Star abriu os caminhos para uma das apresentações mais emocionantes que já vi em toda minha vida. Ian Gillan, ao longo de seus 77 anos, fez com que meu coração roqueiro pulsasse ainda mais com tamanha genialidade, personalidade e amor ao bom e velho Rock’n Roll. Não pude conter as lágrimas quando uma multidão que já dominava o Allianz Park, fez coro para outros clássicos como Lazy, When a Blind Man Cries, Perfect Strangers, Smoke On The Water, Space Truckin’, Hush e Black Night. Foi incrivelmente lindo.

Foto: Leo Wacken


A noite chegou e junto dela mais uma banda da Alemanha, os emblemáticos e impecáveis mestres do Scorpions trouxeram um palco totalmente tecnológico unindo os clássicos da banda com efeitos especiais dos mais futuristas. Entre os clássicos Big City Nights, Still Loving You e Rock You Like a Hurricane, os singles do último álbum de estúdio da banda Peacemaker e Rock Believer, mostram que os caras ainda vão muito além das cinco décadas de história da banda. Outro ponto alto fica por conta da emoção do coro de assobio em Wind Of Change, impossível não se emocionar.

Foto: Leo Wacken


Todas as luzes se apagaram por volta das 21h, e uma voz grave anunciava a atração principal do evento, os Nova Iorquinos do KISS subiam pela última vez no palco em São Paulo para uma apresentação histórica e com direito a todos elementos que garantem ser um dos maiores espetáculos da Terra. 

Vimos uma banda que entregou tudo para um público que esgotou os ingressos para ver o quarteto e delirava a cada hit do grupo como Detroit Rock City, Deuce, Shout It Out Loud, Cold Gin, God of Thunder, Love Gun, I Love It Loud. Em algumas músicas como Lick It Up. Fica nítida, a mudança de tom para que tanto Paul Stanley quanto Gene Simmons consigam alcançar as notas, deixando claro o porquê de ser a “End Of The Road World Tour”, mas não é nada que interfira de forma negativa o show que, por sinal, consegue compensar tudo com efeitos pirotécnicos e manobras radicais encenadas pela banda, confesso que me senti como uma criança encantada ao ver Stanley sobrevoando a plateia ao som de I Was Made For Lovin’ You, foi épico.

Foto: Leo Wacken


Um show desta grandeza e com todo este significado teria de ser marcante, principalmente no final, e logo após  Rock and Roll All Nite, última música do setlist, Stanley protagonizou uma das cenas mais clássicas e emocionantes para qualquer roqueiro ao dar um beijo em sua guitarra, marcando-a com seu batom vermelho como se fosse uma despedida, para depois quebrar a mesma no centro do palco levando o público ao delírio. Se desta vez realmente for a última, vamos sentir muita falta das caras pintadas do Kiss, mas as canções estão eternizadas até o fim da humanidade.


Com certeza, O MAIOR ESPETÁCULO DA TERRA!

Nenhum comentário:

Postar um comentário