Big Rock N' Roll - Pensou em rock, pensou Big Rock!: Sepultura - Live Curitiba

Foto: Bruno Zuppone

Sepultura - Live Curitiba - Curitiba/PR - 22 de março de 2024

Por Luiz Fernando Hoepers

Fotos gentilmente cedidas por Bruno Zuppone

Dia 22 de março foi uma noite muito especial na casa de shows Live Curitiba, localizada na cidade de Curitiba-PR. Foi o show de despedida da banda Sepultura, da turnê “Celebrating Life Through Death”. A banda que completa 40 anos, renomada mundialmente, decidiu encerrar as atividades, e para isso promoveu um espetáculo de alto nível.

Além do anúncio de encerramento da banda ter gerado motivação no público para ir assistir os shows, outro fator muito importante gerou curiosidade e maiores animosidades, o fato do baterista Eloy Casagrande ter anunciado a saída da banda durante a organização e já no início da turnê. Eloy Casagrande, considerado por muitos um dos melhores bateristas da atualidade, já sido eleito o melhor baterista do mundo em algumas enquetes de sites e críticas especializadas, teve sua projeção mundial no Sepultura, mas pelas especulações na mídia, tudo indica que o mesmo saiu para integrar a banda Slipknot.

O Sepultura, com todo seu prestígio, respeito e influência, trouxe para o lugar do Eloy Casagrande o jovem baterista Greyson Nekrutman, nacionalidade americana e com apenas 21 anos. Greyson Nekrutman havia se destacado na internet pelas suas habilidades e performance no jazz, com muito dom, qualidade e comprometimento, antes de ingressar ao Sepultura, ele já havia buscado novos estilos e influências em alguns projetos, e dentre destes havia tocado com a banda de crossover thrash Suicidal Tendencies. A formação do Sepultura para esta turnê conta com Paulo Xisto (baixo) e Andreas Kisser (guitarra), Derrick Green (vocal) e Greyson Nekrutman (bateria).

Sem muito tempo para ensaiar e participar dos preparativos para a turnê mundial, o jovem baterista tem se destacado nas performances ao vivo. Com muita energia, muita técnica, muita raça, o baterista têm impressionado e substituído a altura o cargo deixado por seu antecessor.

Foto: Bruno Zuppone

O show não teve banda de abertura e certamente a casa estava com a lotação máxima - aproximadamente 3.000 pessoas. Tudo escuro, quando então tocou a música "Polícia" da banda Titãs, o que logo indiciou ser a abertura do show. Icônica música sobre critica social, foi escolhida com muito bom gosto para o momento. A banda iniciou o show com "Refuse/Resist", do álbum 'Chaos A.D.' lançado em 1993. Na sequência "Territory" e "Slave New World", ambas do mesmo álbum. O restante do setlist você confere abaixo, mas o show foi de muita energia, interação com o público constante, um palco com telões de LED remetendo a grandes palcos, com uma produção espetacular. Sem dúvida um dos melhores shows que o público poderá apreciar. O público estava feliz, realizado com um repertório marcado pelas músicas que consagraram a banda no cenário mundial, cantando e pulando do início ao fim. Entre as manifestações do público, como uma forma de indignação, também surgiram xingamentos ao ex-integrante da banda devido a sua saída.

Destaque para a performance de Greyson em “Kairos” e para as clássicas “Ratamahatta” e “Roots Bloody Roots” que encerraram a noite com chave de ouro.

O Sepultura encerra a turnê com chave de ouro, deixando saudades, e na expectativa que retornem ao palco.

A tour 'Celebrating life through death' tem 3 datas agendas para São Paulo, em setembro. "O Sepultura chegou ao fim da estrada e escolheu partir através de uma morte consciente e planejada", disse em comunicado anunciando a tour de despedida. "Eutanásia, o direito a uma morte digna. O direito de escolher viver livre e escolher quando morrer!"