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Foto: Alexandre Veronesi |
Quarta-feira pós-Setembro Negro Festival, e a cidade de São Paulo foi mais uma vez tomada pelas perniciosas forças da música extrema. Os headbangers que compareceram em ótimo número na Burning House - nova casa localizada na região da Água Branca, Zona Oeste da capital paulista - nesta data tiveram a oportunidade de testemunhar 'in loco' duas grandes potências do Death Metal europeu, PESTILENCE e CANCER, tendo ainda como bônus a abertura dos locais do PODRIDÃO.
Representando o Brasil na noite, Junior de Andrade (vocal e baixo), Ivi Kardec (guitarra) e Rafael Prado (bateria) subiram ao palco às 19h30 para dar início à demolição sonora. Mesmo com álbum novo na praça, o ótimo "Coffin Of The Corrupted Dead", a banda optou por focar o repertório em seu material já consagrado, tendo apenas "Dissolved Into Viscous Ruin" como representante do full-lenght recém-lançado. Dito isso, o público paulistano pôde, no decorrer de aproximadamente 40 minutos, se regozijar ao som de delícias putrefatas como "Darkness Swallows The Light", "Tomb Of Repugnant Stench", "Bind, Torture, Kill", "Chronic Gonorrhea", "Verminosis Faecalis" e "Cadaveric Impregnation", esta que encerrou a atuação. Como é de praxe, o PODRIDÃO entregou visceralidade, energia e caos na medida certa, reafirmando o seu merecido posto como um dos mais importantes nomes do Death Metal tupiniquim nos dias atuais.
Setlist:
01 - Darkness Swallows The Light
02 - Hurban Cannibalism
03 - Dissolved Into Viscous Ruin
04 - Tomb Of Repugnant Stench
05 - Bind, Torture, Kill
06 - Chronic Gonorrhea
07 - Regurgitate Hellish Maggots
08 - Verminosis Faecalis
09 - Cadaveric Impregnation
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Foto: Alexandre Veronesi |
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Foto: Alexandre Veronesi |
Após uma rápida troca de palco, veio o CANCER. Em turnê de divulgação de "Inverted World" (2025), o seu sétimo registro de estúdio, John Walker (vocal e guitarra), Alberto García (guitarra, substituindo Robert Navajas), Daniel Maganto (baixo) e Gabriel Valcázar (bateria) entraram mandando a mesma trinca que abre o trabalho supracitado: "Enter The Gates", "Until They Died" e "Inverted World" - mais três ainda seriam apresentadas ao longo do set, o que evidenciou uma grande confiança por parte da banda neste disco. Com a exceção do baixista Maganto, o grupo não ostenta uma presença de palco exatamente incendiária, mas isso em nada comprometeu a qualidade da execução, que somada à ótima mixagem de som realizada na noite, resultou em um show vigoroso e altamente competente.
A despeito do comprovado poderio de fogo presente nas composições mais atuais - rolaram também "Ballcutter" e "Garrote", ambas do play de 2018, "Shadow Gripped" - os fãs queriam mesmo é ouvir as velharias noventistas, as quais por óbvio não ficaram de fora. "Into The Acid", "Tasteless Incest", "Hung, Drawn And Quartered", "C.F.C." (sigla para "Cancer Fucking Cancer") e a derradeira "Death Shall Rise" fizeram agitar a voraz audiência, que gentilmente retribuiu abrindo enormes 'circle pits' na pista da Burning House.
Setlist:
01 - Enter The Gates
02 - Until They Died
03 - Inverted World
04 - Amputate
05 - Into The Acid
06 - Tasteless Incest
07 - Ballcutter
08 - Garrote
09 - Covert Operations
10 - Corrosive
11 - Hung, Drawn And Quartered
12 - C.F.C.
13 - Death Shall Rise
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Foto: Alexandre Veronesi |
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Foto: Alexandre Veronesi |
Por último, mas definitivamente não menos importante, tivemos a performance do PESTILENCE. Mais aguardada atração do evento, a formação holandesa integrada hoje por Patrick Mameli (vocal e guitarra), Max Blok (guitarra), Roel Käller (baixo) e Michiel Van Der Plicht (bateria), replicou a sua antecessora e entrou em cena apresentando o mais recente álbum de inéditas, "Exitivm" (2021), por meio de "Morbvs Propagationem", "Deificvs" e "Sempiternvs", recebidas de maneira relativamente calorosa pelo público.
Para a tríade que viria a seguir, considerem a minha frase anterior removendo a palavra 'relativamente', pois "Dehydrated", "The Process Of Suffocation" e "Chronic Infection" são alguns dos temas mais icônicos do clássico "Consvming Impvlse" (1989), e por consequência, da carreira da banda. Não muito atrás, estão "Prophetic Revelations" e "Twisted Truth", extraídas de "Testimony Of The Ancients", discão de 1991, que foram destiladas impetuosamente pelo quarteto.
Eram notáveis a energia e a garra emanadas pelos músicos (além é claro, da técnica apuradíssima em seus respectivos instrumentos), e mesmo que se faça curioso o fato de o chefão Patrick Mameli utilizar um visual muito mais próximo a um personal trainer do que a um frontman de Death Metal, o homem possui carisma e interagiu bastante com a já ganha plateia - algumas piadinhas de tiozão não caíram muito bem, é verdade, mas deixemos isso passar.
Prosseguindo, o bom "Resurrection Macabre", de 2009, se fez representado por sua faixa-título, mais "Devouring Frenzy" e "Horror Detox", abrindo espaço para os últimos dois sons do repertório, "Out Of The Body" e "Land Of Tears", dobradinha matadora que foi prontamente aclamada por todos. Apesar de sentir certa falta de ao menos uma ou duas canções do debut "Mallevs Maleficarvm", afirmo categoricamente que o PESTILENCE entregou uma verdadeira atuação de gala, para apreciador nenhum do lado extremo do Heavy Metal botar defeito.
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Foto: Alexandre Veronesi |
Setlist:
01 - Morbvs Propagationem
02 - Deificvs
03 - Sempiternvs
04 - Dehydrated
05 - The Process Of Suffocation
06 - Chronic Infection
07 - Prophetic Revelations
08 - Twisted Truth
09 - Resurrection Macabre
10 - Devouring Frenzy
11 - Horror Detox
12 - Out Of The Body
13 - Land Of Tears
Agradecimentos a Tedesco Comunicação e Midia e Xaninho Discos pelo credenciamento e atenção.
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