Fundador do Pink Floyd e baixista da banda, Roger Waters deixou o grupo
de forma ruidosa em 1985 e processou os antigos companheiros porque
queria continuar usando o nome, mas alguns fãs parecem ter esquecido
disso. O também cantor e compositor publicou uma carta-aberta no
Facebook para relembrar que, por mais que o Pink Floyd esteja lançando o
primeiro disco deles em 20 anos, o instrumental The Endless River, ele não tem nada a ver com isso. “Algumas pessoas estão perguntando a Laurie, minha esposa, sobre o novo
disco que eu vou lançar em novembro”, escreveu Waters. “Como é? Eu não
tenho novo disco prestes a lançar. Elas estão confundindo tudo. David
Gilmour e Nick Mason tem um álbum para lançar. Se chama Endless River.
Dsavid e Nick são o Pink Floyd. Eu, por outro lado, não estou no Pink
Floyd. Eu deixei o Pink Floyd em 1985, há 29 anos. Eu não tenho nada com
os discos de estúdio do Pink Floyd desde então, como Momentary Lapse of Reason e The Division Bell, ou com as turnês da banda de 1987 e 1994, assim como com Endless River.
Waters perdeu o processo para ter o direito de usar o nome da banda em 1987 e, no mesmo ano, o Floyd lançou A Momentary Lapse of Reason.
Nos últimos anos, o músico tem revisitado o passado na banda. Em julho
de 2005, Waters, Mason, Gilmour e o tecladista Rick Wright se
apresentaram como Pink Floyd pela primeira vez em quase 25 anos, durante
o Live 8, em Londres. Waters armou turnês solo executando discos
clássicos do grupo, como Dark Side of the Moon e The Wall, na íntegra, e se reuniu com Gilmour e Mason em Londres, em 2011.
Em 2013, o músico falou à BBC de que se arrependia do processo pelo
nome da banda. “Eu estava errado”, disse ele. “É claro que eu estava.
Quem liga?” The Endless River – que obviamente não tem Waters – será lançado
em 10 de novembro deste ano. A banda decidiu publicar esse disco depois
de descobrir gravações feitas por Wright, que morreu em 2008, durante as
sessões de gravação do The Division Bell. “Ouvimos as mais de 20
horas de nós três tocando juntos e selecionamos as músicas que
gostaríamos de trabalhar para um novo álbum”, disse Gilmour, em um
comunicado. “Ao longo do ano passado, acrescentamos novas partes,
regravamos outras e usamos tecnologia do estúdio para fazer deste um
disco do século 21. Agora que Rick se foi, pareceu certo revisitar e
retrabalhar nas faixas que devem estar disponível com o nosso
repertório.”
Fonte: Rolling Stone Brasil
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