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29 de janeiro de 2020

Sisters Of Mercy - Tom Brasil – São Paulo 09/11/2019

Foto: Roberio Lima

Uma coisa é indiscutível: o Sisters Of Mercy desde sua primeira passagem pelo Brasil, permanece com a reputação intacta por aqui. Influência para bandas inseridas nas mais variadas vertentes do Rock, Andrew Eldritch e Cia sabem como entreter uma plateia e principalmente como manter a relevância de clássicos concebidos a quase quatro décadas.

O Tom Brasil, local que já foi palco na última visita da banda pela cidade, abriu novamente espaço de suas confortáveis dependências para que os fãs pudessem conferir a performance da banda inglesa. Quem chegou com antecedência ao local do show, pôde perceber o movimento tranquilo nas imediações e principalmente na área interna. O evento contou com a participação do Secret Society como banda de abertura. E é preciso registrar que o público que já aguardava na pista (e que foi aumentando gradativamente), conferiu uma apresentação exemplar. O profissionalismo dos caras deu o tom da performance e deixou claro que os rapazes almejam mais que uma aventura passageira no mundo da música. A banda está  promovendo o álbum “Rites Of Fire” e mandaram sons como “Mephistofaustian Transluciferation”  e “Rubicon“ do debut. No final da apresentação ainda prestaram tributo à “Iggy Pop” com “Cry For Love”, uma verdadeira ode aos anos oitenta!

Por volta de 22h e sem muito alarde, Andrew Eldritch acompanhado de Ben Christo, Dylan Smith e de Doktor Avalanche (caixa de ritmo responsável pela parte percussiva da banda, o equipamento é considerado o quarto membro membro da banda), assumem o palco para executar o primeiro número da noite - “More”. Como não poderia deixar de ser, o misto de euforia e transe, tomaram conta da audiência.  “Ribbons” do álbum “Vision Thing”, veio na sequência. Quem já esteve em uma apresentação do Sisters, sabe que a interação com o público é praticamente ‘zero’ e o que faz realmente sentido nos shows dos caras é o som. Quando os primeiros acordes de “No Time To Cry” rolaram nos auto falantes, foi impossível segurar as lágrimas, pois essa canção é uma viagem inevitável aos anos oitenta – década que concebeu grandes clássicos do pós punk e do gótico - e onde o Sisters teve seu maior protagonismo. “Alice” uma das minhas canções favoritas fez com que o público dançasse em movimento desordenado, mas em total sincronia com a estética “dark” da música. 

Foto: Roberio Lima

Sem lançar algo inédito a décadas - o Sisters Of Mercy tem nos seus três álbuns e em alguns Ep’s, o supra-sumo de seu set list - e posso garantir que ninguém reclama! Quando chegou o momento de “Marian” (música que para mim é o maior clássico da banda!), o público vibrou e cantou o refrão como se não houvesse amanhã. Talvez esse pudesse ser o o ápice da apresentação, mas ainda tinha muito mais por vir... “First And Last And Always” e a sequência final com “Lucretia My Reflection”, “Vision Thing” e as agitadas “Temple Of Love” e “This Corrosion” vieram para encerrar a noite de forma apoteótica. 

É inegável que Andrew Eldritch é a alma do Sisters Of Mercy. Avesso a badalação e holofotes, o “Homi” continuará ainda por muito tempo dando as cartas nos palcos do mundo inteiro para a alegria de headbanger, góticos metaleiros e afins! 


Setlist Sisters Of Mercy: 

More

Ribbons 

Crash and Burn

Doctor Jeep/ Detonation Boulevard 

No Time To Cry 

Alice 

Show me On The Doll 

Dominion/ Mother Rússia 

Marian 

Better Reptile 

First And Last And Always

Kikline (Instrumental)

Something Fast 

I Was Wrong 

Flood II 

Lucretia My Reflection 

Vision Thing 

Templo Of Love 

This Corrosion 


Por: Roberio Lima

Agradecimento pelo credenciamento: Miriam Martinez / Hoffman & O'Brian

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