A Energia Atemporal e Irrefreável de Billy Idol no Vibra São Paulo

Foto: Stephan Solon / Move Concerts

Billy Idol - Vibra São Paulo - São Paulo/SP - 08 de novembro de 2025

Por: Paula Cavalcante (@eyeofodin.photo)

Fotos gentilmente cedidas por Stephan Solon / Move Concerts

Abertura: Supla

Não causou surpresa o anúncio de Supla como artista de abertura para o show de Billy Idol. Imediatamente, os memes tomaram conta das redes, acompanhados de comentários de que o show de Billy Idol teria a abertura de um "cover dele mesmo".

Piadas à parte, aqueles que conhecem Supla sabem que ele entrega uma presença de palco autêntica e irreverência inconfundível.

Foto: Stephan Solon / Move Concerts

O "charada brasileiro" iniciou sua apresentação diante de uma plateia que, embora inicialmente modesta, rapidamente cresceu em número e acompanhou "Papito" nos hits que fizeram história na extinta MTV: "Green Hair (Japa Girl)", "Garota de Berlim" e "Cena de Ciúmes".

Supla ainda inseriu "Imagine" de John Lennon em uma versão punk contundente, além de covers de "Let’s Dance" de David Bowie, "She loves you", "Stand by me" dos Beatles e a faixa "If you believe in Nosferatu", lançada neste ano. Acompanhado de sua banda, os "Punks de Boutique", Supla entregou uma performance no padrão Papito de ser, aquecendo o público para o headliner.

Foto: Stephan Solon / Move Concerts

Billy Idol

Prestes a completar 70 anos, o britânico William Michael Albert Broad, mundialmente conhecido como Billy Idol, subiu ao palco do Vibra São Paulo. Sua entrada foi marcada por imagens impactantes no telão, evidenciando seu carisma e sensualidade atemporal, e a energia contagiante de quem demonstra evidente prazer em sua arte.

O espetáculo na capital paulista é parte da turnê "It’s a nice day to … tour again" e seguiu para Curitiba no dia 12 de novembro.

Billy interagiu e faz questão de permanecer bem próximo da plateia. No melhor estilo VH1 Storytellers, ele compartilhou detalhes sobre a composição das músicas, narrando desde a história de seu encontro com os Rolling Stones, que deu origem à faixa "Rebel Yell", até a menção de "Love don’t live here anymore", que foi gravada e eternizada por Madonna. O artista também deixou claro o quão satisfeito estava por estar de volta ao nosso país.

Foto: Stephan Solon / Move Concerts

O britânico arrancou suspiros dignos do seu auge nos anos 80, ao tirar a camisa e sensualizar com Kitten Kuroi, uma de suas backing vocals. O espírito de Billy parece vencer o tempo, e sua imagem ainda se mantém hipnotizante.

O setlist foi muito bem mesclado, trazendo faixas do seu álbum mais recente, “Dream into it”, e, claro, os hits que consagraram sua brilhante carreira e embalaram toda uma geração. A plateia cantou a clássica "Eyes without a face" a plenos pulmões, e vibrou intensamente ao som de "Cradle of Love", "Rebel Yell", "White Wedding" e "Flesh for Fantasy".

De seu material recente, destacam-se "Still Dancing", que deu o start à apresentação, "People I Love" e "77", esta última lançada com a participação especial da cantora Avril Lavigne.

Um verdadeiro show à parte, no entanto, ficou por conta do icônico guitarrista Steve Stevens, com sua técnica e precisão impecáveis. Stevens realizou vários solos de destaque, incluindo a execução do mundialmente conhecido tema do filme Top Gun.

Foto: Stephan Solon / Move Concerts

A banda de apoio, composta por Billy Morrison (guitarra), Stephen McGrath (baixo), Erik Eldenius (bateria), Paul Trudeau (teclado), e Kitten Kuroi e Jess Kav (backing vocals), demonstrou uma sinergia espetacular.

Em tempos de autotune, IA e tantos recursos tecnológicos, Billy Idol reina absoluto, mantendo sua voz e técnica impecáveis. Após cerca de 1 hora e 40 minutos de show, o inglês deixou o palco ovacionado, com a certeza de que jamais perdeu seu status de ídolo.